Felipe Baierle
O Parcial deste mês foi buscar a polêmica de Juremir Machado. O colunista do Correio do Povo, professor universitário, pesquisador, jornalista e historiador, nos brinda com uma breve análise das últimas crises no Palácio Piratini.
Felipe – Lembrando das recentes denúncias de corrupção que o Ministério Público Federal (MPF) fez contra a governadora Yeda Crusius (PSDB), o senhor acha que ela chega até o final do mandato ou que se candidate à reeleição no ano que vem?
Juremir – Eu acredito que chegue. Os processos judiciais são longos. Agora, acho que politicamente, é bem difícil que a governadora possa se candidatar e concorrer novamente. Quem sabe até se candidate, mas suas possibilidades de reeleição são nulas.
O governo está muito desgastado. É uma sucessão de escândalos, de criticas, de confrontos. O julgamento político me parece quase concluído.
Felipe – E essa CPI da corrupção, tem sentido mesmo depois das denúncias do MPF?
Juremir – Eu acho que não teria como fazer um Impeachment sem passar pela CPI. A CPI é um processo invesigatório, um processo analítico, de discussão.
Desse resultado, que tecnicamente pode dar no envio de uma denúncia ao MP que poderá ser então transformada depois em um processo jurídico, há também a possibilidade de pedir o Impeachment. Eu não vejo como pular a etapa da CPI direto para o Impeachment. Uma coisa leva a outra.
Felipe – Não fica redundante?
Juremir – Eu acho que não. Pode ser até que tecnicamente não seja assim. Mas eu vejo a CPI como processo de investigação e discussão que quando concluído diz assim: vamos encaminhar para o Ministério Público a parte jurídica e politicamente vamos pedir o Impeachment, ou não.
Felipe – O governo tem uma boa política para a educação?
Juremir – Eu não acho que seja uma boa política de educação. Acho que é uma parte bastante frágil do governo. E se estabeleceu essa ideia de que o magistério estadual é um tanto improdutivo e que precisaria ser reformado completamente, como se o magistério estadual fosse o culpado dos problemas do Rio Grande do Sul.
Eu não acredito que o governo tenha feito uma boa política em relação ao magistério. Estabeleceu-se um confronto. Mas não só pelo confronto, (o governo) tem tentado desqualificar o magistério estadual. Os professores ganham pouco, trabalham muito, precisam de mais formação, de mais salário: fazem o que podem.
Felipe – O que o senhor pensa sobre a possibilidade de prisão da presidente do CPERS Rejane Oliveira, da vice-presidente Neida de Oliveira e da vereadora Fernanda Melchionna depois daquele ato em frente à casa da governadora?
Juremir – Isso é despropositado. Isso é uma retaliação, uma atitude intimidatória. Claro que pode ter tido alguns excessos ali, mas não houve cárcere privado nenhum. Houve uma manifestação estrepitosa diante de uma casa que é objeto de controvérsia. Não é punindo essas pessoas que vai se resolver o problema dos escândalos no Rio Grande do Sul.
Felipe – Nessa manifestação o CPERS levou uma miniatura de escola de lata que o governo vem usando. O senhor aceitaria dar aula em uma escola de lata?
Juremir – Olha, se fosse preciso. Não é o lugar adequado para dar aula, imagino que ninguém goste de fazer isso. Mas o professor, tentando exercer a sua atividade pra ganhar sua vida e para atender o interesse dos alunos pode dar aula em qualquer lugar.
Eu estudei em escola rural. E estudando em escola rural, sei lá, dão aula em baixo de uma árvore se for o caso. O problema da escola de lata é a falta de planejamento do governo para que esse tipo de coisa não exista.
O Parcial deste mês foi buscar a polêmica de Juremir Machado. O colunista do Correio do Povo, professor universitário, pesquisador, jornalista e historiador, nos brinda com uma breve análise das últimas crises no Palácio Piratini.
Felipe – Lembrando das recentes denúncias de corrupção que o Ministério Público Federal (MPF) fez contra a governadora Yeda Crusius (PSDB), o senhor acha que ela chega até o final do mandato ou que se candidate à reeleição no ano que vem?
Juremir – Eu acredito que chegue. Os processos judiciais são longos. Agora, acho que politicamente, é bem difícil que a governadora possa se candidatar e concorrer novamente. Quem sabe até se candidate, mas suas possibilidades de reeleição são nulas.
O governo está muito desgastado. É uma sucessão de escândalos, de criticas, de confrontos. O julgamento político me parece quase concluído.
Felipe – E essa CPI da corrupção, tem sentido mesmo depois das denúncias do MPF?
Juremir – Eu acho que não teria como fazer um Impeachment sem passar pela CPI. A CPI é um processo invesigatório, um processo analítico, de discussão.
Desse resultado, que tecnicamente pode dar no envio de uma denúncia ao MP que poderá ser então transformada depois em um processo jurídico, há também a possibilidade de pedir o Impeachment. Eu não vejo como pular a etapa da CPI direto para o Impeachment. Uma coisa leva a outra.
Felipe – Não fica redundante?
Juremir – Eu acho que não. Pode ser até que tecnicamente não seja assim. Mas eu vejo a CPI como processo de investigação e discussão que quando concluído diz assim: vamos encaminhar para o Ministério Público a parte jurídica e politicamente vamos pedir o Impeachment, ou não.
Felipe – O governo tem uma boa política para a educação?
Juremir – Eu não acho que seja uma boa política de educação. Acho que é uma parte bastante frágil do governo. E se estabeleceu essa ideia de que o magistério estadual é um tanto improdutivo e que precisaria ser reformado completamente, como se o magistério estadual fosse o culpado dos problemas do Rio Grande do Sul.
Eu não acredito que o governo tenha feito uma boa política em relação ao magistério. Estabeleceu-se um confronto. Mas não só pelo confronto, (o governo) tem tentado desqualificar o magistério estadual. Os professores ganham pouco, trabalham muito, precisam de mais formação, de mais salário: fazem o que podem.
Felipe – O que o senhor pensa sobre a possibilidade de prisão da presidente do CPERS Rejane Oliveira, da vice-presidente Neida de Oliveira e da vereadora Fernanda Melchionna depois daquele ato em frente à casa da governadora?
Juremir – Isso é despropositado. Isso é uma retaliação, uma atitude intimidatória. Claro que pode ter tido alguns excessos ali, mas não houve cárcere privado nenhum. Houve uma manifestação estrepitosa diante de uma casa que é objeto de controvérsia. Não é punindo essas pessoas que vai se resolver o problema dos escândalos no Rio Grande do Sul.
Felipe – Nessa manifestação o CPERS levou uma miniatura de escola de lata que o governo vem usando. O senhor aceitaria dar aula em uma escola de lata?
Juremir – Olha, se fosse preciso. Não é o lugar adequado para dar aula, imagino que ninguém goste de fazer isso. Mas o professor, tentando exercer a sua atividade pra ganhar sua vida e para atender o interesse dos alunos pode dar aula em qualquer lugar.
Eu estudei em escola rural. E estudando em escola rural, sei lá, dão aula em baixo de uma árvore se for o caso. O problema da escola de lata é a falta de planejamento do governo para que esse tipo de coisa não exista.
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