sexta-feira, 26 de junho de 2009

Editorial junho

Em uma conjuntura de descrédito político, delegação das decisões aos que nos representam em Brasília e na Assembléia Legislativa, estar acompanhando o re-surgimento de um movimento de organização popular é estupendo. Estamos cansados de ouvir que não temos como mudar a situação em que vivemos que ninguém participa e que é assim desde que meu avozinho era criança.

Pois bem, há o que mudar sim, e é isso que vários movimentos vem fazendo cotidianamente nas ruas, trazendo suas indignações, mostrando sua insatisfação com governos corruptos, com a precarização do trabalho e com a negação dos direitos sociais. Noticiar que a classe trabalhadora está se organizando não é somente trazer a notícia à tona, como também é dizer que se pode lutar e não somente delegar cargos e decisões a outros.

No entanto, a grande mídia não noticia, ou quando o faz, traz somente o lado negativo de uma greve ou paralisação, e assim querem que se continue a levar a vida, na mesmice, sem nenhuma perspectiva de transformação. Contudo, quando chegam aos olhos e ouvidos noticias como a reconstrução de um movimento social como o do Movimento Aquarela da População de Rua, entende-se o real significado de participação e de controle social, que todos têm o direito de se manifestar e de se organizar coletivamente, e que é o povo organizado que tem o real poder de decisão.

E ao participar, ao ler ou se informar sobre movimentos, como esse, que estão realmente lutando, começamos a nos dar conta que podemos sair da mesmice. Recebemos oxigênio para continuarmos na nossa caminhada conjunta de noticiar como também construir uma sociedade mais justa para a população deste país tão injusto e desigual.

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