quarta-feira, 25 de junho de 2008

Só Alegriaaaa

Juliana Baldi
Já cantava O Plá: "A galera do Psicodália que chega com tudo, pra ferveeer"....! E cadê o Wagner?? Tá, quem não foi ao Festival Psicodália de Carnaval que aconteceu de 2 a 5 de fevereiro na Chácara Recanto da Natureza em São Martinho, Santa Catarina, não deve estar entendendo nada. Vou explicar. Plá é um velhinho muito simpático de Curitiba, que já virou ícone do Festival. Ele comparece todo ano, cantando suas músicas e animando o pessoal. E o Wagner, ninguém sabe quem é, mas todos o procuram até hoje. Esclarecidas as maiores lendas do festival vamos seguir. A 8hs de ônibus de Porto Alegre, São Martinho é uma cidade pacata que dobra de tamanho quando recebe o festival. Este ano, o Psicodália chegou em sua 11º edição e recebeu mais de 2.400 pessoas de várias partes do Brasil, instaladas nos 5 acampamentos. Mutantes, Casa das Máquinas, Secos e Molhados, Barca do Sol e A chave. Cada acampamento tinha sua peculiaridade, quem acampou nos Mutantes, queria agito a noite inteira, a Chave era o acampamento dos artistas, e para quem queria descanso, os Secos e Molhados era o cantinho ideal para montar a barraca.A estrutura do evento assusta por sua grandiosidade e beleza. A chácara Recanto da Natureza oferece piscinas, cachoeiras, trilhas, campo de futebol e o Morro dos Psicodálios Uivantes, que ao subir dava pra apreciar todo o festival com uma paisagem deslumbrante. O evento disponibilizava também uma Cozinha Comunitária, que tinha fogueira como fogão, bica de água como pia e pedras que serviam de bancos e mesas. Com certeza era o cantinho de maior interação do Festival. Na Praça de Alimentação tinha o Prato Feliz, Pizzadália e mais dois restaurantes. A estrutura do festival só deixou a desejar nos banheiros. Eram poucos, para tanta gente. Melhor que na edição passada, onde os banheiros não existiam.Belezas Naturais a Parte, o festival reuniu 22 bandas de Rock'n'Roll e a atração principal deste ano ficou com o show da Casa das Máquinas. E para preencher os quatro dias de carnaval, o evento ofereceu várias oficinas artísticas como Tintas Naturais, Yoga, Stencil, Clow, palestras e peças de Teatro. O retiro cultural realmente não deixou nada a desejar, unindo as melhores bandas brasileiras independentes, com ótimos oficineiros que levaram cultura e arte a todos que estavam presentes. O festival, que nasceu da força de vontade de quatro pessoas de Curitiba, não tem apoio de ninguém, eles tiram todo o custo para realizar o festival do dinheiro que arrecadam da bilheteria do evento. Alexandre Osiecki conta como acharam o lugar perfeito para realizar o festival: “entramos em um Fusca e ficamos rodando durante uma semana o estado de Santa Catarina até achar São Martinho”. Aventuras a parte, os organizadores estão de parabéns por proporcionar um carnaval que luta pela valorização da música independente, da cultura e da interação com a natureza.

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