Editorial
De volta. O Parcial retoma as atividades com um calendário que promete: ano de escolher representantes municipais, mas antes disso refletir o papel de cada vereador, afinal qualquer tomada de decisões afeta a população de um país tão desigual. Ano de contestar a ordem vigente, de maneira sensata, não, não pura e simplesmente por rebeldia juvenil, mas sim por acreditar que existem sociedades mais justas. Princípio de ano para pensar e repensar o papel da Comunicação Social como instrumento transformador. E se o assunto envolve a cobertura de política, temos muito que analisar. Começamos um 2008 com os cadernos internacionais dos grandes jornais noticiando as prévias das eleições norte-americanas, exatamente as prévias, as prévias tomando conta de todas as páginas, as prévias estampam capas... aparentemente nada de mais interessante acontece no resto do mundo, afinal parecem descartáveis, coadjuvantes as outras milhões de pessoas, o centro do planeta é os EUA? Talvez o poderio econômico ainda esteja em suas mãos, mas como diria o sociólogo americano Immmanuel Wallestein, este império, assim como todos os que existiram, está em declínio... A luta deste jornal é para que qualquer tipo de império seja desmantelado, mas que não exista a possibilidade de surgirem outros, para que assim as crianças, tanto na África quanto nas vilas de Porto Alegre possam ter o que comer, e mais do que isso consciência do que é dignidade. Por isso, continuamos como veículo marginal, veiculando o que é blindado pela grande imprensa, abrindo espaço para cultura alternativa, para as manifestações populares, para o debate de idéias, sem o sensacionalismo do grande show da televisão, com o comprometimento para a sociedade. Parciais sim, na luta sempre.
Nenhum comentário:
Postar um comentário