quarta-feira, 25 de junho de 2008

8 de Março: dia internacional da mulher

Lisarb D'Oco
Opressão feminina, exposição distorcida pela mídia.O Dia Internacional da Mulher, 8 de março, é fortemente ligado aos movimentos feministas que ao longo do último século lutaram por uma sociedade mais justa para as mulheres. Em 8 de março de 1857, operárias tecelãs norte americanas que faziam uma paralisação exigindo o direito à cultura, estudo, condições mais humanas de trabalho e igualdade entre os sexos foram queimadas dentro de uma fábrica por terem tido uma atitude considerada “radical” frente aos seus patrões. As mulheres ainda passam por uma série de opressões diárias, sejam elas diretas ou indiretas. A sociedade maquia estes acontecimentos sem nenhum problema. O abuso de exploração da mulher é muitas vezes inconsciente tamanho a falta de noção do assunto. A grande mídia é responsável por uma grande parcela do machismo que predomina dentro das famílias, pois os programas de televisão expõem roupas, adereços, corpos esculturais e uma série de comportamentos que são impostos às mulheres, diminuindo o poder de criticidade e escolha. Na infância o consumo exacerbado de produtos como maquiagens, lingeries e músicas para adultos, reflete um aumento da sexualidade acentuada. Na adolescência, meninas encontram nas revistas para jovens conselhos de moda e de conquista, e na idade adulta no mercado competitivo de trabalho percebem que ter conhecimento é menos importante do que beleza para conseguir uma vaga de emprego. Agressão Física e MoralÉ visível a submissão da mulher dentro do seu trabalho e da sua própria casa, tanto o abuso moral quanto físico. A ONG Anistia Internacional (www.br.amnesty.org/) apresenta alguns índices de agressão doméstica, e aponta que no Brasil a cada quatro minutos uma mulher é agredida em seu próprio lar, por uma pessoa com quem mantém uma relação de afeto. As mulheres negras ainda sofrem com o problema do sistema de saúde pública, elas estão no topo da pirâmide, passam por dificuldades para encontrar vagas nas maternidades e problemas no atendimento durante e após o parto.A Lei Maria da Penha foi sancionada em 7 de agosto de 2006 pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva; dentre as várias mudanças promovidas pela lei está o aumento no rigor das punições das agressões contra a mulher quando ocorridas no âmbito doméstico ou familiar. A lei entrou em vigor no dia 22 de setembro de 2006.

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