domingo, 27 de maio de 2007

o parcial




a que viemos

Espaços de encontro, de mostrarmos como somos; nascem há muito tempo e por toda Nossa América Rebelde, modelos que permitem impulsionar os esforços de milhares, de milhões.

Essa é a tarefa da comunicação alternativa, do jornalismo comprometido com os de baixo, aquele que não teme gritar aos quatro ventos como se constroem os novos tempos e denuncia os que os negam.

O tempo novo, o outro mundo possível, não é uma utopia vindoura ou irrealizável. Nossa utopia de vivermos com democracia, justiça e liberdade é matéria do presente.

A América Latina demonstra sua força nessa direção. A resistência de Cuba, a crescente rebeldia de Venezuela e Bolívia, o avanço do movimento altermundista no México são alguns exemplos das inúmeras trincheiras que estão mobilizadas por todo o continente.

Travamos uma guerra sim. Contra a exploração, a arrogância dos poderosos, os ataques à vida de milhares de pessoas. No Brasil, por sua extensão territorial, temos dificuldades de enxergar e conhecer as lutas que não param de crescer. Lutas pela terra, pelo direito à mobilidade urbana, através de um sistema de transporte eficiente e barato, por salários justos e condições de trabalho adequadas, pelo direito a dizer a nossa palavra, por uma comunicação democrática.

O atual sistema de mídia, dominado por interesses econômicos de grupos transnacionais associados com o capital brasileiro, não permite que a livre expressão se efetive. A censura que esses veículos promovem nos impede de conhecer de fato muitas realidades. Mas elas existem e precisam ser mostradas.

É para isso que estamos aqui. Acreditamos que a abundância de informações, cujo conteúdo é claramente parcial, produz, ao contrário do que os apologistas do capitalismo midiático alardeiam, desinformação e esconde a verdade. Esse valor tão precioso para o jornalismo está banalizado, desfigurado. Verdade passou a ser aquilo que rende uma boa história e que vende bem.
Não concordamos com isso. O jornalismo autêntico precisa ser livre das pressões do mercado e intimamente ligado à luta pelas transformações sociais.

Os meios e seus senhores vendem a cada minuto uma versão dos fatos que parece nova e não é, senão, a mesma contada por eles uma vez e outra vez. A mídia corporativa produz uma fraude sobre a história. Ela isola o passado, a memória coletiva, desvincula as pessoas do seu fazer histórico.

Queremos uma comunicação que seja, ao mesmo tempo, espaço para a discussão política dos estudantes da PUC e das pessoas interessadas em intervir. O Parcial surge dessa necessidade. É um projeto audacioso. Em tempos de pensamento único e unanimidade do jornalismo de mercado, estamos na contramão. Mas é para lá que vamos. À esquerda, nos posicionamos e empurramos aqueles que nos comprimem e pretendem anular as vozes destoantes.








Nós não gostamos dele. Ele é a base que permite a exploração do trabalho alheio como um bem para a sociedade. E esse "bem" não desejamos. Não desejamos bem algum que não possa ser conquistado de maneira justa para servir aos interesses da maioria. Já chega de transformar o valor roubado das mãos que o produziram em fúteis mecanismos de status social.
Foi em um passado remoto que surgiu esse mal. Esse que é o pior mal que uma sociedade já enfrentou até hoje, afinal, até mesmo a aniquilação nos ameaça. Mascarado, confunde até a quem mais prejudica com discursos de notável hipocrisia. Podemos ouvir tais discursos a qualquer hora ou lugar, bastando para isso que liguemos a televisão ou outro veículo qualquer de comunicação. Escutaremos: "O Brasil é o país do futuro", "O segredo para alcançar a riqueza é o trabalho duro" dentre outras falácias. Não podemos acreditar em palavras que de tão elevado teor de mentiras chegam a ser uma ofensa, não à nossa dignidade, mas sim, à nossa própria inteligência!
O sistema capitalista age sem trégua e basta simplesmente que nada façamos para que termine de arrasar nossa frágil sociedade. Quando esse dia chegar não estaremos mais a um passo da barbárie como agora, já estaremos de volta a ela.



Democracia?

A noção de democracia parece ser um conceito muito abstrato. Os políticos adoram falar em seu nome em épocas de campanha eleitoral. Na escola aprendemos quase sempre que vivemos agora num regime democrático por que podemos eleger o presidente da república. A mídia também nos ensina o quanto ela está preocupada com esse valor, cobrando de toda a sociedade que se respeite a democracia. Mas a mídia não fala da sua democracia. Por que será?
Em entrevista ao O Parcial, o professor da Famecos Osvaldo Biz falou sobre a atual estrutura dos meios de comunicação no Brasil, dos desrespeitos à Constituição Federal, das tentativas de democratizar a mídia e das formas alternativas que surgem nesse início de século XXI.

O sistema brasileiro de radiodifusão ou de mídia eletrônica (rádio e televisão) foi constituído na década de 60. Sob a forma de concessões públicas, o governo militar "apadrinhou" algumas famílias que controlariam, a partir daí, a produção e difusão de informações em todo o território nacional. Hoje, entre 9 e 10 famílias dispõem desse privilégio. O Brasil tem uma população estimada em mais de 180 milhões de pessoas, porém apenas uma parte irrisória exerce o direito à livre expressão garantido na Constituição Federal e em declarações de Direitos Humanos. Para Osvaldo Biz, "isso faz com que outras informações acabam desaparecendo, por que são sempre aqueles mesmos canais e sempre as mesmas pessoas, os mesmos grupos". Biz destaca que o fato de haver uma mídia monopolizada e oligopolizada fere o artigo 220 da Constituição. "Como é que eu posso falar numa mídia democrática, se poucas pessoas têm o direito à voz?", questiona o professor.
Biz critica o comportamento da mídia quando a sociedade pensa em abrir alguma brecha no campo midiático. Ele lembra que, na ocasião e que o governo federal tentou criar o Conselho Nacional de Jornalismo, a mídia se opôs ferozmente. "Foi um ataque violento da imprensa, por que qualquer medida que tenta levar para o campo democrático já é censura, já é o período da ditadura", reclama. Assim aconteceu também com a proposta de criação da ANCINAVI (Agência Nacional de Cinema e Áudio Visual) que democratizaria os recursos para a produção cultural brasileira nessa área. "Na proposta da ANCINAVI, as empresas de comunicação contribuiriam com um pequeno percentual para poder custear esse programa", declarou Biz. "A campanha foi de tal modo, que isso também foi refutado".

TV Pública
A recente proposta de criação de uma televisão pública também foi alvo de críticas por parte da mídia, segundo Biz, "Qualquer proposta que mexa com o monopólio, com a estrutura como está organizada a mídia no Brasil, não tem jeito de passar". O professor defende uma televisão independente do governo. "Deveríamos batalhar para que tenhamos uma TV Pública, mas não significa que ela vá colocar os aspectos do governo em evidência. Ela vai colocar aquilo que está acontecendo".

O Mito da Imparcialidade
Biz discorda da defesa da imparcialidade como valor supremo do jornalismo. Para ele, a mídia faz um alerta de que é neutra, independente e apartidária. "Se eu tenho uma notícia que me interessa, eu posso colocar na capa, se não me interessa, eu posso colocar na página 50. Só o jeito de diagramar o jornal, de fazer a manchete, eu já estou mostrando a minha parcialidade, só não venha com o discurso de que eu sou neutro, apartidário e independente", conclui.

Perspectiva
A constituição prevê que, para renovar ou cassar uma concessão pública de radiodifusão, são necessários 2/5 dos votos do Congresso Nacional em votação nominal. Biz acredita que esse é um enorme impedimento à democratização da mídia, já que o Congresso está dominado pelos interesses dos grupos econômicos de comunicação. "Significa que nós vamos continuar por muitos anos com esse monopólio, a não ser, como já está acontecendo. Que se comece a pensar de forma diferente", afirmou. Biz destaca os boletins alternativos, a internet e o Observatório da Imprensa, programa da TV Cultura que faz a crítica da mídia, como formas "de a gente achar um caminho para poder comunicar algumas coisas que a grande mídia não comenta".

Rádio Comunitária
O autor de Mídia e Democracia denuncia o processo de autorização para as rádios comunitárias funcionarem. "Existe uma legislação que vem do governo Fernando Henrique com relação às rádios comunitárias", lembra Biz. "Se fala hoje em 15 mil pedidos que estão trancados em Brasília. São pequenas rádios de 25 KW com abrangência de 1 km e não saem essas licenças".Além da morosidade no trâmite das licenças concedidas pelo governo, as rádios comunitárias enfrentam também a agressão do governo. Em 2006, a polícia federal fechou 1,8 mil rádios em todo país, com o argumento de que são irregulares. "As pessoas se reuniram numa vila, num bairro, compraram os equipamentos e querem colocar no ar. Acabam colocando no ar sem essa licença. Conclusão: a polícia federal recolhe o equipamento, fecha a rádio e faz todo um processo contra quem abriu essa rádio", relata Biz. Para o professor, "precisaria ter uma pressão da sociedade" para agilizar as licenças e terminar com as perseguições.

Jornais de Bairro
Outra forma de intervir para democratizar a comunicação são os jornais alternativos, jornais de bairro. Biz demonstra sua preocupação com essa realidade em Porto Alegre. Segundo ele, o lançamento de suplementos de bairro pelo jornal Zero Hora é uma concorrência desleal e "torna difícil a sobrevivência desse jornal (de bairro). Como é que um jornal de bairro vai enfrentar um grupo como a Zero Hora?, indaga.

Publicidade
"Há uma estreita relação entre os meios impressos, no caso o jornal, rádio e televisão com os donos do capital", afirma Biz. Para ele, existe uma ditadura do IBOPE que determina o conteúdo da programação e das pautas. Os anunciantes exploram a audiência que um determinado programa tem. "Não interessa a qualidade do programa e sim quantas pessoas estão vendo". A saída, segundo Biz, seria a sociedade descobrir outras fontes em que possa levantar "uma informação melhor, mais crítica, mais condizente com a realidade".

Educação
Osvaldo Biz avaliou também os cursos de comunicação da PUC. Ele diz que as mudanças no currículo são necessárias e que é preciso aguardar a formação da primeira turma do currículo novo para ter conclusões definitivas. Porém, o professor antecipa que falta uma formação humanística. Ele defende que os conhecimentos em filosofia e sociologia tenham mais espaço na formação dos estudantes, "por que com isso eu tenho condições de melhor fazer uma análise", afirma. Biz conta que costuma incentivá-los a ter uma visão mais crítica da realidade: "Na primeira aula eu sempre faço uma análise de conjuntura. Eu dou um conceito: uma análise de conjuntura deve levar em conta as articulações e dimensões locais, regionais, nacionais e internacionais. Está tudo ligado. E a segunda parte desse contexto é a análise para intervir. O verbo intervir é um verbo forte que significa propor o surgimento de uma nova sociedade. Eu convido os meus alunos a se colocarem no lado dos mais fracos, por que dos grandes já tem quem cuida deles".

Osvaldo Biz é licenciado em Geografia, História e Jornalismo. Atua como professor da PUCRS na Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas e na de Comunicação Social desde 1974. Autor de Mídia e Democracia e Jornalismo Solidário, entre outros livros. É membro do Sindicato dos Professores da Rede Privada do RS.













Na Venezuela e na América Latina estão dadas as condições para fazer uma verdadeira revolução.”


Durante o programa semanal Alô Presidente, transmitido no dia 22 de abril, o presidente Hugo Chávez convidou os venezuelanos a estudar os escritos do revolucionário russo Leon Trotsky, e especialmente o expresso por esse no texto O Programa de Transição, plano de ação elaborado por Trostky e aprovado no Congresso Fundacional da Quarta Internacional em 1938, o qual constitui uma das bases fundamentais da corrente trotskista dentro do marxismo.
Após a participação do senhor Ramón Gonzalez, um ouvinte do programa, Chávez afirmou ter ligo recentemente o texto de Trotsky que lhe fora presenteado pelo Ministro do Poder Popular para o Trabalho e Previdência Social, José Ramon Rivero, que é seguidor do pensamento o revolucionário russo.
"Não posso me classificar como trotskista, não, mas tenho tendência, por que eu respeito muito o pensamento de Leon Trotsky, e cada vez que respeito, mais o percebo muito melhor. A revolução permanente, por exemplo, é uma tese importantíssima. Há que ler, há que estudar, todos, aqui nada está aprendido", afirmo o líder do processo revolucionário bolivariano.
O programa de transição planeja, entre outras coisas, o estabelecimento de medidas como a escala móvel de salários e escala móvel de horas de trabalho, a eliminação do chamado "segredo comercial", o estabelecimento do controle operário sobre a indústria, a expropriação de certos grupos de capitalistas, a expropriação dos bancos privados e a estatização do sistema de créditos.
Chávez destacou aspectos relativos à teoria da transição, delineada por Trotsky em seu texto e afirmou que na Venezuela estão dadas as condições para construir um país socialista. "Bueno, estava lendo-o nesta madrugada, é a teoria da transição, é um livreto de não mais de 30,40 páginas, mas vale ouro puro um pensador luminoso como Leon Trotsky. Então, ele disse, quando tu falas Ramón, Rafael Ramón González Ramírez, de Valera, está nos dizendo em sua chamada que na Venezuela estão dadas todas as condições para que sejamos um país socialista, uma sociedade próspera socialista, socialmente desenvolvida, por que quando alguém fala de desenvolvido, há que ter cuidado. Não que Venezuela vá ser um país desenvolvido. Cuidado, por que não se trata de copiar o modelo do norte, esse modelo está acabando com o mundo, compadre, por isso digo um termo que me ha brotado: socialisticamente desenvolvida, ecologicamente desenvolvida", disse.
O primeiro mandatário chamou a atenção em torno da afirmação de Trotsky em seu panfleto escrito em 1930, de que na Europa e em outros países desenvolvidos do norte, as condições para uma revolução proletária no só estavam maduras, mas também já estavam começando a decompor-se.
"... Então, disse Leon Trotsky nesse ensaio produzido por lá, entre as duas guerras foi isso, depois da Primeira Guerra Mundial e estava para eclodir a Segunda Guerra Mundial, ali pelos anos trinta, trinta e poucos. Em que ano foi que mataram Trotsky? Ninguém recorda? Bueno, tarefa para todos os que estão aqui. Então, ele disse, Rafael, que as condiciones, segundo seu critério naquele momento, em na Europa e em outros países desenvolvidos do norte, as condições para uma revolução proletária não só estavam maduras, mas que já estavam começando a decompor-se, por que o que amadurece pode decompor-se se passa, isso pode ocorrer. A mim chamou a atenção essa expressão, Maria Cristina, por que nunca eu a havia lido, ou seja, isso significa que as condições podem estar, se não a vemos, se não a captamos, se não sabemos aproveitar o momento, começando a decompor-se como qualquer produto natural da terra, a manga, etc. E então, aponta León Trotsky a algo importantíssimo, e ele disse que começam a decompor-se não por culpa dos trabalhadores, mas da direção que não via, não sabia, que era covarde, que se subordinou aos mandatos do capitalismo, das democracias burguesas, dos sindicatos. Bueno, se acoplaram ao sistema os grandes partido comunistas, a Internacional Comunista se acoplou ao sistema e então ninguém soube aproveitar por falta de direção e de liderança oportuna, audaz, inteligente, que orientasse a ofensiva popular, aquelas condições. E logo vindo a Segunda Guerra Mundial e sabemos o que ocorreu, e depois da II Guerra Mundial, e logo terminou o século com a queda soviética e a queda dos chamados socialismo reais, " acrescentou.
"Bueno, aqui estão dadas as condições, eu creio que esse pensamento ou essa reflexão de Trotsky é útil para o momento que estamos vivendo, aqui as condições estão dadas, na Venezuela e na América Latina. Não vou me intrometer com a Europa nesse momento, nem com a Ásia, lá há outras realidades, outros tempos, outras dinâmicas, mas na América Latina estão dadas as condições, e na Venezuela, mas certamente, para fazer uma verdadeira revolução", continuou.
Parafraseando Vladimir Lênin, Chávez destacou a necessidade de construir um partido revolucionário, uma direção revolucionária, orientada em função de uma estratégia.

publicado em aporrea.org no dia 25/04/07.


TEATRO

Utopia, Paixão e Resistência

Porto Alegre convive há 29 anos com a irreverência da proposta teatral do grupo Ói Nóis Aqui Traveiz Em março de 1978 nascia a experiência que se transformou mais tarde numa referência de teatro popular para a cidade e para o país.
A comemoração do aniversário foi celebrada com um verdadeiro carnaval de rua. No dia 31 de março, cerca de 50 atores desfilaram no Brique da Redenção demonstrando a vitalidade e alegria que o grupo preserva depois de quase três décadas de atuação.
O Ói Nóis,como é conhecido, surgiu num período conturbado da política nacional. No final dos anos 70, a efervescência das frentes contra a ditadura motivou também a sua formação. Engajados na lutas dos pobres e dos trabalhadores, o grupo desenvolveu a idéia de discussão e intervenção social através do teatro.
Hoje, o Ói Nóis realiza oficinas gratuitas em vilas da capital, onde promove junto às comunidades a perspectiva da emancipação e transformação do sistema capitalista.
O grupo já encenou mais de 30 espetáculos, entre eles Ananke, a luta pela vida; Hamlet máquina; A saga de Canudos e Kassandra in process. Atualmente, está em cartaz a peça A Missão – lembranças de uma revolução do dramaturgo alemão Heiner Muller.
O Seminário Diálogos sobre o Teatro Contemporâneo completou a semana de comemorações. Entre 02 e 04 de abril, diretores, escritores e pesquisadores de vários estados estiveram em Porto Alegre para discutir a atualidade do teatro brasileiro e a importância que o Ói Nóis tem na cena cultural.
Mais informações em http://www.oinoisaquitraveiz.com.br/


Trabalhadores Mobilizados

A estratégia para enfrentar as reformas em andamento e anunciadas pelo governo federal foi a pauta do Encontro Nacional Contra as Reformas Neoliberais ocorrido em São Paulo, no dia 25 de março.
Convocado pelas centrais sindicais Conlutas (Coordenação Nacional de Lutas) e Intersindical, o evento teve a participação de quase 6 mil pessoas.
O Ginásio do Ibirapuera foi o local escolhido para receber 630 organizações sindicais, de juventude e camponesas de 20 estados brasileiros. Delegações internacionais também participaram. Estiveram presente representantes de movimentos sociais do Haiti, da COB (Confederação Obrera Boliviana), da Federação dos Trabalhadores Camponeses de La Paz e de sindicalistas uruguaios.
Como encaminhamento, o encontro constituiu O Fórum Nacional de Mobilização Contra as Reformas Neoliberais. Ao Fórum, caberá implementar o plano de ação e o calendário definidos pelas entidades.
Descontentes com a política do governo Lula, o encontro definiu como principais bandeiras para esse ano campanhas contra as reformas sindical, trabalhista, universitária e tributária. A política econômica também foi alvo dos manifestantes, que exigem a suspensão do pagamento da dívida externa, para ampliação dos investimentos sociais.
Outras bandeiras, como a reestatização das empresas privatizadas e a defesa do direito de greve fazem parte das reivindicações. O plano aprovado no encontro prevê ainda mobilizações contra a transposição do rio São Francisco, contra a discriminação e opressão racial, sexista e homofóbica, e pela retirada das tropas brasileiras do Haiti e das tropas estrangeiras do Iraque.
Calendário:
1º de Maio – manifestações de caráter classista em todo país
21 a 25 de Maio – Jornada Nacional de Mobilização Contra as Reformas Neoliberais, com atos, paralisações, bloqueio de estradas
Início do segundo semestre – marcha nacional em Brasília
Setembro – plebiscito pela anulação do leilão da Vale do Rio Doce durante a semana da pátria

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